domingo, 30 de maio de 2010

Manta birostris (Jamanta)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Elasmobranchii
  • Ordem:Rajiformes
  • Família: Myliobatidae
  • Gênero: Manta
  • Espécie: Manta Birostris

A jamanta , também conhecida como manta, maroma (nos Açores), morcego-do-mar, peixe-diabo ou raia-diabo, é a maior espécie atual de raias. Encontra-se nas regiões tropicais de todos os oceanos, tipicamente perto de recifes de coral.
A jamanta tem o corpo em forma de losango e uma cauda longa sem espinho e pode atingir oito metros de envergadura e mais de duas toneladas de peso. Ocasionalmente, podem aproximar-se de um barco ou de mergulhadores e podem executar curtos “voos” fora da água. Têm a maior taxa de volume de cérebro em relação ao do corpo de todos os tubarões e raias.
É um animal solitário que pode, ocasionalmente, formar pequenos grupos.
As mantas são muitas vezes observadas a saltar fora de água. Os cientistas dizem que este pode ser um comportamento territorial. É também possível que a manta tente desta forma libertar-se de parasitas alojados na pele.
A manta alimenta-se filtrando minúsculos animais da coluna de água, o zooplâncton. Os seus amplos lobos cefálicos desenrolam-se e canalizam a comida para a boca.
Muitas vezes nadam em lentos loops verticais, em áreas de grande concentração de zooplâncton, para aproveitar ao máximo o alimento disponível.
As rémoras são peixes oportunistas que beneficiam da "boleia" oferecida pela manta aproveitando todos os restos das suas refeições. As rémoras fixam-se à manta através de uma ventosa que evoluiu a partir da barbatana dorsal.
Estes animais majestosos, que foram alvo de pesca intensiva em muitas zonas do planeta, devem ser protegidos enquanto admirados.
As mantas existem com maior frequência perto dos recifes, corais e locais rochosos e em águas temperadas. Este peixe é comum na África do Sul, nos mares Vermelhos e Arábico, Baía de Bengala, na costa do Pacífico, desde a Califórnia ao Peru, no Atlântico entre a Florida e o Brasil. É geralmente vista na companhia de golfinhos e tubarões.
As mantas são animais solitários, mas juntam-se na época de reprodução.
O período de acasalamento da manta ocorre entre os meses de Dezembro a Abril, em águas tropicais e em redor das áreas rochosas dos recifes. O macho nada, a uma velocidade mais rápida do que o normal, atrás da fêmea durante meia hora, depois esta diminui a sua velocidade. Antes de acasalar, o macho domina a fêmea, mordendo-lhe uma das barbatanas. Depois de acasalar com um segundo macho, a fêmea abandona o recife. Os filhotes (uma a duas crias) desenvolvem-se em ovos, a eclosão dá-se antes do parto e emergem embrulhados num “envelope” formado pelas barbatanas. As crias depressa se soltam do envelope, tornam-se independentes, no primeiro ano duplicam o seu peso e ficam em águas pouco profundas por mais alguns anos.
O período de gestação da manta é de 13 meses.
Os antigos moche do Peru adoravam o mar e seus animais e foram encontradas várias pinturas de jamantas nos seus artefactos.
Modernamente, a jamanta continua ser fonte de inspiração. Por exemplo, é utilizada como símbolo dos Tampa Bay Rays, um time da Major League Baseball de St. Petersburg, na Flórida, cujo nome original era os “Devil Rays” (raias-diabos). Em 2009, o SeaWorld Orlando lançou a Manta, uma montanha-russa onde os passageiros vão num carro em forma de jamanta.
Dois filmes da década de 1930 usaram a aparência terrífica da jamanta: The Sea Bat (“O Morcego do Mar”), com Boris Karloff, e o filme de 1936 “The Sea Fiend” (“O Perigo do Mar”), refeito em 1946 como “Devil Monster” (O Monstro Diabólico).

1 comentários:

Unknown disse...

Nóssa muito bom esse conteudo.. adorei..
fikei impressionada com o tempo de gestação delas..
o.O
;**
Princess :)

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