sábado, 5 de junho de 2010

Carcharhinus Melanopterus (Tubarão-de-pontas-negras)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Chondrichthyes
  • Ordem: Carcharhiniformes
  • Família: Carcharhinidae
  • Gênero: Carcharhinus
  • Espécie: Carcharhinus Melanopterus

Este belíssimo tubarão é um nadador rápido e ativo, com uma clara preferência por águas pouco fundas de recifes de coral. De fato, é frequente avistarem as suas barbatanas a rasgarem a superfície da água na zona-de-marés, em profundidades tão baixas como 30 cm. É um animal curioso por natureza, que se aproxima de modo inquisitivo dos mergulhadores. Embora não seja agressivo, pode tornar-se perigoso quando detecta peixes arpoados e pode morder banhistas, ao confundir o seu chapinhar com peixes. A fecundação é interna e após 16 meses de gestação, as fêmeas dão à luz entre 2 e 4 crias, completamente formadas e com cerca de 50 cm. Um adulto desta espécie pode atingir de 101cm a 200 cm de comprimento.
É assim chamado por causa das marcas negras presentes em suas barbatanas peitorais e dorsais, ele habita as águas rasas e quentes de lagoas tropicais, recifes de coral e algumas áreas litorâneas. Embora seu alimento básico seja o peixe, essa espécie também utiliza seus dentes afiados serrilhados para consumir crustáceos (caranguejos e lagostas) e cefalópodes (polvos e lulas). Nas águas rasas ao largo da costa da Austrália, esse tubarão também é conhecido por comer uma grande variedade de cobras. Os tubarões-negros-do-recife são bem pequenos e, em geral, não representam perigo para o homem.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ambystoma Mexicanum (Axolote)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe:Amphibia
  • Ordem: Caudata
  • Família: Ambystomatidae
  • Gênero: Ambystoma
  • Espécie: Ambystoma Mexicanum

Axolotes, conhecidas também como “monstros da água”, são anfíbios um tanto quanto peculiares. A começar pelo fato de viverem sempre em ambientes escuros e de água doce, possuírem três pares de brânquias externas e terem alta capacidade regenerativa. Além disso, passam toda ou quase toda a sua vida em fase larval, embora se apresentem com capacidade de reprodução - modalidade esta denominada neotenia.
Estes animais endêmicos do México, podem medir de 15 a 45 cm, embora o comprimento comum desta espécie seja 23 cm, se alimentam de girinos e pequenos invertebrados, como insetos, crustáceos e minhocas. Podem viver por aproximadamente doze anos, reproduzindo-se cerca de doze meses após seu nascimento, entre junho e dezembro; ou em cativeiro, quando se promove uma brusca diminuição da temperatura.
O macho deposita seu esperma em uma bolsa, sendo este recolhido pela fêmea, por meio de sua abertura cloacal. Aproximadamente um dia depois deste evento, ela desova em pedras e/ou folhas. As larvas eclodem cerca de duas semanas depois, e se apresentam com cerca de um centímetro de comprimento.
Em razão de sua capacidade de regeneração, inclusive de regiões do sistema nervoso ou mesmo membros inteiros, a axolote é bastante estudada por diversos pesquisadores, sendo a esperança daqueles que tiveram membros amputados ou perda de tecidos de outras regiões do corpo.
Infelizmente, poucos exemplares são encontrados na natureza. A captura para o comércio ilegal e alimentação, juntamente com a perda de habitats são fatores que contribuíram para que se apresentassem, segundo IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), com status de conservação criticamente em perigo.
Eu, particularmente, o achei muito fofo.

Pterois Volitans (Peixe-Leão Vermelho)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Actinopterygii
  • Ordem: Scorpaeniformes
  • Família: Scorpaenidae
  • Gênero: Pterois
  • Espécie: Pterois Volitans

O Peixe-leão vermelho é uma espécie de peixe-leão. Este pequenino peixe venenoso é natural dos recifes de coral dos oceanos índico e pacífico. O Peixe-leão vermelho pode, também, ser encontrado na costa leste dos Estados Unidos, onde foi introduzido pelo homem, primeiramente na Flórida, nos inícios do anos 90. No verão de 2001 houve registros visuais ao longo da costa atlântica dos Estados Unidos, na região entre a Flórida e Long Island.
O Peixe-leão vermelho têm listragem vermelha, branca e marrom de sua pele. Possui tentáculos acima dos olhos e abaixo da boca; nadadeiras peitorais curtas e longos espinhos dorsais. Os adultos podem atingir 43 centímetros de comprimento, e os mais jovens podem ser menores que 2 centímetros.
Todos os espinhos do Peixe-leão vermelho são venenosos, criando perigo para mergulhadores e outros animais marinhos. Apesar de não haver nenhum registro de morte devido ao seu veneno, este é muito doloroso.
O veneno dos peixes-leão é constituído de proteínas termosensíveis, que são vulneráveis ao calor e se desnaturam facilmente. Os primeiros socorros constituem-se na imersão do local afetado em água quente (43-45ºC) por 30 a 40 minutos ou até a dor diminuir.
Alimentam-se de pequenos peixes, e normalmente só os comem vivos, mas em cativeiro podem ser habituados a comer camarão congelado. São ovíparos, e a sua desova acontece a noite.

Mola Mola (Peixe-lua)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Actinopterygii
  • Ordem: Tetraodontiformes
  • Família: Molidae
  • Gênero: Mola
  • Espécie: Mola Mola

O peixe-lua é o maior peixe ósseo do mundo, podendo atingir mais de 3 metros de comprimento e pesar mais de duas toneladas!
Esta criatura dócil deita-se frequentemente à superfície da água, deixando-se levar pela corrente. Este comportamento permite-lhe equilibrar a temperatura corporal após consecutivos mergulhos em águas profundas e mais frias.
Apesar da sua fisionomia bizarra o peixe-lua é um animal gracioso pela coloração prateada e pelo lento movimentar das suas duas enormes barbatanas.
As fêmeas produzem até 300 milhões de ovos de cada vez, que são libertados para a água e fecundados pelos machos. As larvas passam por três estágios de desenvolvimento em que o peixe perde a barbatana caudal e ganha uma série de espinhos conspícuos.
O peixe-lua destaca-se por transportar uma impressionante carga de parasitas. Até agora, os cientostas identificaram cerca de 50 espécies diferentes, entre parasitas internos e externos!
Devido à sua natureza delicada e aos movimentos lentos, estes peixes são facilmente capturados por redes à deriva e por outros métodos de pesca. Como consequência as populações poderão estar em declínio.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Synchiropus Splendidus (Peixe-Mandarim)



  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Actinopterygii
  • Ordem: Perciformes
  • Família: Callionymidae
  • Gênero: Synchiropus
  • Espécie: Synchiropus Splendidus

O peixe-mandarim é um de água salgada adaptado ao clima tropical que mede de 6 a 10 centímetros de comprimento. Vive escondido em fendas nos recifes de coral e alimenta-se de pequenos animais marinhos que passam próximos ao seu esconderijo. Também é encontrado, com menos freqüência, em águas rasas protegidas, como lagoas costeiras e pequenas baías. Por precisar de muitos nutrientes diferentes, às vezes o peixe-mandarim também come pequenas quantidades de algas e outros flocos que possam lhe servir de alimento.
O peixe-mandarim é um peixe exuberante e tímido e por isso é muito usado em aquários como animal de estimação. Possui cores fortes, brilhantes e desenhos organizados agressivamente em sua pele. Essa característica é, de fato, um mecanismo de defesa contra predadores, indicando que a carne do peixe-mandarim tem gosto ruim, já que seu corpo produz um muco viscoso de gosto e cheiro horríveis.
A pele do peixe-mandarim não possui escamas, por esse motivo ela é necessariamente muito grossa, afim de proteger o peixe das pontas agudas presentes nos recifes de coral. Os olhos por sua vez são projetados para fora como grandes saliências, permitindo que o peixe-mandarim enxergue a sua volta. Os olhos também não possuem pálpebras, nem canais lacrimais, sendo a água do mar responsável pela limpeza dos mesmos.
A visão do peixe-mandarim é bem desenvolvida, acima da média dos outros peixes, sendo que seus olhos são capazes de identificar até as cores do ambiente. Ao menor sinal de perigo, o peixe-mandarim eriça os longos espinhos das costas fazendo-o parecer maior do que realmente é.
O nome do peixe-mandarim vem das cores e desenhos do seu corpo que parecem muito com as roupas de seda usadas pelos mandarins na antiga China. Esta espécie de peixe é mais comumente encontrada no Oceano Pacífico, mas também pode ser encontrado no Oceano Índico e no Caribe.
Quando criado em aquário ou em cativeiro, o peixe-mandarim deve conviver somente com indivíduos da mesma espécie pois pode ser agressivo com indivíduos de espécies diferentes. Além disso a reprodução em cativeiro é muito difícil de ser alcançada e a alimentação a partir de produtos industrializados não é aceita pelo peixe se o ambiente do aquário não estiver nas condições ideais.
O que difere os machos das fêmeas de peixe-mandarim é que os machos são tipicamente maiores e apresentam extensões nas nadadeiras dorsal e anal. Também é mais comum os machos possuírem cores mais bem distribuídas e brilhantes que as fêmeas, embora isso nem sempre aconteça.
A temperatura ideal da água de um aquário para um peixe-mandarim é de 25 °C com pH em torno de 8,2.
Quando o macho de peixe-mandarim quer se acasalar, algo que geralmente acontece ao entardecer, ele levanta sua nadadeira dorsal e nada em volta de sua companheira, aproxima-se dela e agarra sua nadadeira peitoral com a boca. Os dois ficam nadando ligados até alcançarem a superfície, onde soltam-se e expelem o esperma e os óvulos que se unem para formar os ovos.
Os pais cuidam dos ovos, que ficam boiando na superfície, protegendo-os de possíveis predadores e de outros perigos do meio. Depois que nascem, os filhotes de peixe-mandarim se alimentam de zooplâncton e fitoplâncton até alcançarem tamanho suficiente para comer animais maiores.

Dactylopterus Volitans (Coió)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Actinopterygii
  • Ordem: Scorpaeniformes
  • Gênero: Dactylopteridae
  • Gênero: Dactylopterus
  • Espécie: Dactylopeterus Volitans
O coió é um peixe que pode ser encontrado na costa do Atlântico, em fundos de areia, cascalho e recifes.
A espécie chega a medir até 45 cm de comprimento, possuindo corpo cilíndrico e robusto de cor variável, geralmente marrom, com dorso manchado de azul e ventre claro, cabeça com espinhos e nadadeiras peitorais muito desenvolvidas.
Há relatos em que as suas nadadeiras peitorais abriguem glândulas portadoras de veneno.
Seu nome se deve ao fato de se locomover no fundo com auxílio das nadadeiras ventrais e, quando importunado, abre suas peitorais como asas, para amedrontar ou simular maior porte.
Também é conhecida pelos nomes de cajaléu, coró, peixe-voador, pirabebe, santo-antônio, voador, voador-cascudo, voador-de-fundo e voador-de-pedra.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Cyanea Capillata (Água-viva-juba-de-leão)



  • Reino: Animalia
  • Subreino: Parazoa
  • Filo: Cnidaria
  • Classe: Scyphozoa
  • Subclasse: Discomedusae
  • Ordem: Semaeostomeae
  • Família: Cyaneidae
  • Gênero: Cyanea
  • Espécie: Cyanea Capillata

A água-viva-juba-de-leão (Cyanea capillata) é uma das medusas assassinas. Encontrada em águas profundas do Atlântico Norte, essa enorme água-viva tem um corpo maior do que uma cama (2 m de diâmetro). Seus tentáculos, localizados na borda do corpo, podem atingir 40 m de comprimento – altura de um prédio de 10 andares! Esses “braços” atuam como gigantesca peneira ou rede de pesca, ferroando e paralisando quaisquer animais miúdos que os toquem.
Apesar desse tamanho todo, a espécie não é uma das águas vivas mais perigosas – a espécie mais letal é várias vezes menor que a água viva juba de leão.
Bob esponja não gostaria de uma destas!

Marthasterias Glacialis (Estrela-do-mar-de-espinhos)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Echinodermata
  • Classe: Asteroidea
  • Ordem: Forcipulata
  • Família: Asteriidae
  • Gênero: Marthasterias
  • Espécie: Marthasterias Glacialis
Com uma envergadura que pode atingir os 70 cm, esta é uma das maiores estrelas-do-mar existentes em águas europeias. Trata-se de um predador voraz, que se alimenta de mexilhões e ostras. Para abrir as valvas firmemente fechadas destes animais, a estrela utiliza os pés ambulacrários que lhe cobrem a zona inferior do corpo (face oral). Estes assemelham-se a ventosas e também são utilizados na locomoção. Depois de abrir as valvas da sua presa, a estrela expele o estômago e enzimas que a digerem. No fim, suga o alimento já digerido! Esta espécie pode encontrar-se em zonas rochosas até aos 50 m.

domingo, 30 de maio de 2010

Manta birostris (Jamanta)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Elasmobranchii
  • Ordem:Rajiformes
  • Família: Myliobatidae
  • Gênero: Manta
  • Espécie: Manta Birostris

A jamanta , também conhecida como manta, maroma (nos Açores), morcego-do-mar, peixe-diabo ou raia-diabo, é a maior espécie atual de raias. Encontra-se nas regiões tropicais de todos os oceanos, tipicamente perto de recifes de coral.
A jamanta tem o corpo em forma de losango e uma cauda longa sem espinho e pode atingir oito metros de envergadura e mais de duas toneladas de peso. Ocasionalmente, podem aproximar-se de um barco ou de mergulhadores e podem executar curtos “voos” fora da água. Têm a maior taxa de volume de cérebro em relação ao do corpo de todos os tubarões e raias.
É um animal solitário que pode, ocasionalmente, formar pequenos grupos.
As mantas são muitas vezes observadas a saltar fora de água. Os cientistas dizem que este pode ser um comportamento territorial. É também possível que a manta tente desta forma libertar-se de parasitas alojados na pele.
A manta alimenta-se filtrando minúsculos animais da coluna de água, o zooplâncton. Os seus amplos lobos cefálicos desenrolam-se e canalizam a comida para a boca.
Muitas vezes nadam em lentos loops verticais, em áreas de grande concentração de zooplâncton, para aproveitar ao máximo o alimento disponível.
As rémoras são peixes oportunistas que beneficiam da "boleia" oferecida pela manta aproveitando todos os restos das suas refeições. As rémoras fixam-se à manta através de uma ventosa que evoluiu a partir da barbatana dorsal.
Estes animais majestosos, que foram alvo de pesca intensiva em muitas zonas do planeta, devem ser protegidos enquanto admirados.
As mantas existem com maior frequência perto dos recifes, corais e locais rochosos e em águas temperadas. Este peixe é comum na África do Sul, nos mares Vermelhos e Arábico, Baía de Bengala, na costa do Pacífico, desde a Califórnia ao Peru, no Atlântico entre a Florida e o Brasil. É geralmente vista na companhia de golfinhos e tubarões.
As mantas são animais solitários, mas juntam-se na época de reprodução.
O período de acasalamento da manta ocorre entre os meses de Dezembro a Abril, em águas tropicais e em redor das áreas rochosas dos recifes. O macho nada, a uma velocidade mais rápida do que o normal, atrás da fêmea durante meia hora, depois esta diminui a sua velocidade. Antes de acasalar, o macho domina a fêmea, mordendo-lhe uma das barbatanas. Depois de acasalar com um segundo macho, a fêmea abandona o recife. Os filhotes (uma a duas crias) desenvolvem-se em ovos, a eclosão dá-se antes do parto e emergem embrulhados num “envelope” formado pelas barbatanas. As crias depressa se soltam do envelope, tornam-se independentes, no primeiro ano duplicam o seu peso e ficam em águas pouco profundas por mais alguns anos.
O período de gestação da manta é de 13 meses.
Os antigos moche do Peru adoravam o mar e seus animais e foram encontradas várias pinturas de jamantas nos seus artefactos.
Modernamente, a jamanta continua ser fonte de inspiração. Por exemplo, é utilizada como símbolo dos Tampa Bay Rays, um time da Major League Baseball de St. Petersburg, na Flórida, cujo nome original era os “Devil Rays” (raias-diabos). Em 2009, o SeaWorld Orlando lançou a Manta, uma montanha-russa onde os passageiros vão num carro em forma de jamanta.
Dois filmes da década de 1930 usaram a aparência terrífica da jamanta: The Sea Bat (“O Morcego do Mar”), com Boris Karloff, e o filme de 1936 “The Sea Fiend” (“O Perigo do Mar”), refeito em 1946 como “Devil Monster” (O Monstro Diabólico).

Charcharodon Carcharias (Tubarão branco)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Chondrichthyes
  • Subclasse: Elasmobranchii
  • Superordem: Selachimorpha
  • Ordem: Lamniformes
  • Família: Lamnidae
  • Gênero: Charcharodon
  • Espécie: Charcharodon Carcharias

O grande Tubarão Branco é uma espécie de tubarão lamniforme, sendo um dos maiores peixes predadores existentes atualmente. Um Tubarão Branco pode alcançar 7,5 mt de comprimeiro e pesar até 2,5 toneladas. Ele vive na costa de todos os oceanos, desde que haja populações adequadas de suas presas, particularmente pinípedes. Esta é a única espécie que sobrevive atualmente do gênero Charcharodon.
Tal espécie recebe inúmeros nomes ao longo de sua área de distribuição. Em espanhol, os mais comuns são: Tiburín Blanco (tubarão branco) e Gran Tiburón Blanco (grande tubarão branco) (esta última influenciada pelo nome oficial em inglês, great white shark). Na espanha, é chamado tanto como Jaquetón (aumentativo de jaque, xeque em português), nome que acompanhado de alguns adjetivos pode ser aplicado também a outras espécies da família Carcharhinidae. Existe também o nome Jaquetón Blanco (jaquetón branco), fusão entre o nome anterior e o tiburón blanco (tubarão branco), mais popular atualmente. O nome de marrajo, como é chamado às vezes em países de língua espanhola, pode levar a confundir com outras espécies de tubarão. No Uruguai, é chamado de "africano". Em outros países existem denominações mais truculentas como "devodador de homens", em Cuba. Neste último país, também é chamado de jaquetón de ley (jaquetón de lei), nome que na Espanha é dado para a espécie Carcharhinus longimanus.
O tubarão branco é individualista e instável, mudnado o comportamento frequentemente. Uma das mais poderosas armas são as centenas de sensores elétricos na parte frontal do corpo, com os quais capta até as batidas cardíacas de outro animal, mesmo distante. Então, pelo ritmo das pulsações, ele avalia se a vítima está assustada ou tensa, situação em que pode ser dominada mais facilmente. O seu bote é uma cena única. O Tubarão Branco é capaz de projetar sua boca para fora da face, aumentando o tamanho da mordida para aproximadamente um metro e meio, quase o suficente pra engolir um homem em pé.
Ao contrário do que mostram os filmes, tal tubarão não caça pessoas para se alimentar, ele gosta mesmo é de gordura, o que é abundante nas focas, leões e elefantes marinhos, e escassa nos seres humanos. É possível que o Tubarão Branco, muitas vezes, se engane ao ver os surfistas deitados em suas pranchas, remando com as mãos. Vistos do leito do mar, por onde avança, eles são parecidos com leões marinhos. Mas no Brasil não é o Tubarão Branco que está atacando os surfistas. Ele também é curioso, e ás vezes morte para satisfazer a curiosidade. Como não tem mãos, apalpa com os dentes. O alimento dele se resume a focas, leões e elefantes marinhos.
Apesar do seu tamanho, o Tubarão Branco está ameaçado. No ano passado, uma das mais importantes organizações ambientalistas do mundo o colocou no livro vermelho de espécies em risco de extinção. Esta medida foi tomada por 3 motivos: 1-O Tubarão Branco é naturalmente raro, tendo apenas um ou dois filhotes por gestação. 2-Tem uma das mais baixas taxas de procriação entre os peixes. 3-É perseguido tanto por aqueles que gostam de enfrentar um animal perigoso, como por aqueles que o temem.
Apesar de toda a sua ferocidade, o tubarão branco precisa ser protegido, como ele é o principal predador dos oceanos, ele acaba sendo o ápice da cadeia alimentar, influenciando todos os níveis inferiores. Antes de mais nada, controla a população de focas e leões marinhos, suas presas favoritas. Se ele desaparecer, as populações desses animais tendem a crescer e a consumir mais peixes. Logo, o número de peixes tende a cair. A reação em cadeia, pelo menos em princípio, pode chegar às algas do plâncton, minúsculos organismos que, em quantidade imensa, produzem a maior parte do oxigênio da atmosfera. Os desequilíbrios decorrentes daí são imprevisíveis. Sem o tubarão branco, os oceanos estarão doentes.
A ciência ainda sabe muito pouco sobre esse formidável organismo, tão bem adaptado que quase não se alterou nos últimos 60 milhões de anos. Os pesquisadores ficam especialmente impressionados com o seu sexto sentido, a chamada eletrorrecepção, por meio da qual detecta minúsculos campos elétricos gerados pelo organismo dos outros animais. Eles podem sentir um campo elétrico até 20.000 vezes menores que 1 volt, equivalente ao da batida do coração de um peixe. Outro orgão sensorial muito importante é o olfato, capaz de perceber uma gota de sangue numa piscina.
Ainda que apenas existam poucos casos de fêmeas grávidas capturadas, pode-se afirmar que esta espécie prefere reproduzir-se em águas temperadas, na primavera ou verão, e é ovovivípara. Os ovos, de 4 a 10 ou talvez até 14, permanecem no útero até que eclodem: é possível que no tubarão-branco se dê o canibalismo intra-uterino (sendo as crias mais frágeis e os ovos ainda por abrir devorados por seus irmãos mais fortes) da mesma forma que acontece em outras espécies de lâmnidos, mas por agora não é algo que esteja totalmente provado. Entre três ou quatro crias de 1,20 metros de comprimento e dentes serrados conseguem sair ao exterior no parto e imediatamente se evadem de sua mãe para evitar serem devoradas por ela. Desde então levam uma vida solitária, crescendo a um ritmo bastante rápido. Alcançam os dois metros no primeiro ano de vida; os machos, menores que as fêmeas, amadurecem sexualmente antes que estas, quando alcançam os 3,8 m de comprimento, ainda que de acordo com Compagno (1984) alguns indivíduos poderiam amadurecer excepcionalmente quando contam com apenas dois metros e meio. As fêmeas não podem se reproduzir até que alcancem entre 4,5 e 5 m de comprimento.
Não se conhece muita coisa sobre as relações intra-específicas que se dão nesta espécie, e o que sabe sobre o acasalamento não é uma exceção. É possível que este se produza com mais frequência depois de que vários indivíduos compartilham um grande banquete, como por exemplo, um cadáver de baleia. A vida média para esses animais não se conhece com exatidão, mas é provável que oscile entre os 15 e 30 anos.
Na ficção, o tubarão-branco aparece como encarnação do perigo, em várias culturas. No entanto, a atual caracterização popular do tubarão-branco como o assassino do mar, por excelência, não existiria (ou não estaria tão difundida) se não fosse o filme Tubarão, em 1975. O filme é baseado na novela Jaws (romance) (1974) de Peter Benchley, que se inspira vagamente no sucesso histórico: a morte e mutilação de diversas pessoas, causadas por ataques de um tubarão que foi identificado como branco, em Nova Jersey, em 1916. Este filme virou as atenções para o tubarão-branco. Entretanto, outros filmes se fizeram, e o tubarão aparece neles como assassino, repetindo o êxito de seu predecessor. Entre esses está também o filme de animação Procurando Nemo, em 2003, da Disney, que inclui personagens cómicos representados por este tubarão, tendo como principal, o tubarão Bruce.

Cetorhinus Maximus (Tubarão-elefante)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Chondrichthyes
  • Subclasse: Elasmobranchii
  • Ordem: Lamniformes
  • Família: Cetorhinidae
  • Gênero: Cetorhinus
  • Espécie: Cetorhinus Maximus

O Tubarão-elefante, também chamado de frade ou de peregrino, é um tubarão lamniforme, e também o único representante da família Cetorhinidae e gênero Cetorhinus, é o segundo maior tubarão existente no mundo, perdendo apenas para o Tubarão-baleia. O Tubarão-Elefante pode alcançar até 10 metros de comprimento, e pode chegar a pesar quatro toneladas.
Ele se alimenta por filtração, e sua alimentação é baseada em plâncton, ovos e filhotes de peixe. Ele vive nas costas temperadas de todo o mundo, e vive perto da superfície, daí que vem o apelido de "peixe do sol". Atinge sua maturidade entre os 2 e 4 anos de idade. Acasalam-se no verão, nas costas dos mares norte da Europa tendo 3,5 anos de gestação. São ovíparos e tem um ou dois filhotes de 1,5 mt por gestação.
O Tubarão-elefante é alvo de caça no Japão, devido ao óleo produzido pelo seu fígado, que pode encher de 200 a 400 galões de óleo.

sábado, 29 de maio de 2010

Hapalochlaena Maculosa (Polvo de anéis azuis)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Mollusca
  • Classe: Cephalopoda
  • Ordem: Octopoda
  • Família: Octopodidae
  • Gênero: Hapalochlaena
  • Espécie: Hapalochlaena Maculosa
Este pequeno polvo mede apenas 14 cm, este simpático animal vive nas costas da Austrália, mas não se deixe enganar pela aparência, este pequenino tem um veneno mortal, que é capaz de matar vinte seres humanos em apenas meia hora. Por sorte, este pequenino gosta de se esconder.
A dieta do polvo de anéis azuis se resume a camarões e pequenos caranguejos, se alimenta também de peixes quando tem oportunidade. Ele salta para a presa, morde-a e usa o seu bico para a rasgar aos pouco e suga a carne para fora do exoesqueleto do crustáceo. Em laboratório, foi visto em atos de canibalismo, comendo os companheiros da mesma espécie, embora isso não aconteça na natureza.
Uma vez que o polvo atinja a idade adulta, ele terá, naturalmente, a ânsia pelo acasalamento. Como acontece com a maioria das criaturas, o principal propósito do polvo em sua vida é reproduzir. Porém, se ele soubesse o que o espera logo depois do acasalamento, pensaria duas vezes. Tanto o macho quanto a fêmea morrem logo após acasalar. O macho morre poucos meses depois e a fêmea morre logo depois de chocar os ovos. Algumas espécies têm rituais de acasalamento impressionantes, mas muitos polvos parecem agir de maneira mecânica.
Um polvo jovem cresce em rápida velocidade, talvez por causa de sua curta expectativa de vida. Extremamente eficiente em transformar o alimento em massa corporal, o polvo jovem aumenta seu peso em cerca de 5% ao dia. No fim da vida, um polvo pesará 1/3 de todo o alimento que tiver ingerido. O polvo comum vive em média de três a cinco anos, então ele não tem muito tempo a perder.
O polvo macho tem um tentáculo modificado chamado hectocotylus que tem cerca de um metro de comprimento e que contém fileiras de esperma. Ele aborda uma fêmea receptiva e insere o tentáculo dentro do oviduto dela, ou retira o tentáculo e o dá à fêmea para que ela o armazene em seu manto e o use mais tarde. No último caso, a fêmea mantém o tentáculo até pôr os ovos e, nesse momento, ela tira o tentáculo e espalha o esperma sobre os ovos para fertilizá-los.
A fêmea cuida meticulosamente de seus ovos até que eles eclodam, abdicando de alimento o tempo todo. Ela facilita a passagem de correntes por entre os ovos para mantê-los limpos e os protege de predadores. Os ovos devem ser incubados entre dois e 10 meses, dependendo da espécie e da temperatura da água. Uma vez que aconteça a eclosão, eles ficam por conta própria do nascimento aos 10 milímetros (uma fonte cita uma taxa estimada de 1% de sobrevivência para o polvo gigante do Pacífico). Dependendo das espécies, alguns polvos começam a vida como pontos minúsculos flutuando na superfície do oceano que se deslocam para baixo depois que alcançam um tamanho maior, enquanto alguns começam um pouco maiores no fundo do oceano. Pouca coisa se conhece sobre o início da vida dos polvos.

Paracanthurus hepatus (Cirurgião-patela)


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Actinopterygii
  • Ordem: Perciformes
  • Família: Acanthuridae
  • Gênero: Paracanthurus
  • Espécie: Paracanthurus hepatus

Este simpático peixe deu origem a personagem Dory, de procurando nemo. Em geral, é dócil e ativo, este peixe vive em corais, ao longo do Indo-Pacífico, e pode ser visto nos recifes do Leste da África, Havaí, Japão, Samoa, Nova Caledônia e na Grande Barreira de Coral (Austrália). Formam pequenos agregados de 1 a 2 metros acima do fundo, e os jovens e sub-adultos vivem em grupos junto ao coral arborescente Pocillopora eydouxi, e quando necessário, encolhem-se entre o coral.
Os
hepatus começam a vida com a cor amarela. Depois ficam azuis e cauda amarela depois ficam totalmente azuis. Em geral, tem uma pele dura, com pequenas escamas azuis royal no dorso, amarelas na cauda, e um símbolo semelhante ao osso do joelho humano, a patela (de onde vem o nome dele!). Possui um ou mais pares de afiadas lâminas na base da barbatana caudal, que são utilizadas em situações de defesa e ataque. Podem crescer até os 31 centímetros.
Eles são omnívoros e alimentam-se principalmente de plâncton quando jovens, os adultos complementam essa dieta com algas. No aquário a sua alimentação pode incluir artêmias, fatias pequenas de lulas, brócolis e ervilhas.
Esses peixes se reproduzem entre o fim da tarde e a noite, e as cores deles mudam, passando do azul uniforme para um azul claro na parte anterior e azul escuro a parte posterior. Os machos tratam as fêmeas com agressividade, e a fecundação é externa e feita rapidamente.
Este peixe aparece como Dory, em "
Procurando Nemo" e nos jogos de Wii "Endless Ocean" e "Animal Crossing: City Folk"